A turma da disciplina História e Educação em Direitos Humanos, do mestrado profissional em Ensino de História (ProfHistória) da Ufac, ministrada pelo professor Eduardo Silveira Netto Nunes, debateu com o professor Gilney Viana (da Universidade de Brasília e aposentado da Universidade Federal do Mato Grosso) a atuação dele em comissões da verdade, projeto sobre memória e sua prisão política durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). A atividade ocorreu por videoconferência em 24 de julho.
Gilney Viana tratou de suas experiências na Comissão Camponesa da Verdade, na Comissão Nacional da Verdade e no projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos do primeiro governo Lula.
Ele debruçou-se sobre subnotificações e sub-registros dos crimes (mortes, torturas, prisões e outras violações de direitos humanos) perpetrados durante a ditadura brasileira entre 1964-1985. Os dados aos quais as pesquisas chegaram e foram apresentados por Viana apontam que pelo menos 10 mil camponeses foram vítimas de diferentes formas de repressão política no período; entre eles, 1.654 foram mortos ou desapareceram.
Segundo Viana, as pesquisas são fundamentais para que a sociedade conheça esse lado extremamente violento da formação do Brasil —a conformação do latifúndio, por um lado, e da luta pela terra/território por camponeses e indígenas.